A Audiologia é uma área clássica da Fonoaudiologia que tem ganhado destaque no mercado de trabalho e no ramo acadêmico.
Os audiologistas têm como principal atribuição restabelecer o funcionamento adequado da função auditiva, acompanhar a implantação de próteses e instituir exercícios para a reabilitação sonora. Sendo assim, é necessário ser um especialista na área, com profundos conhecimentos sobre o processamento do som.
O som é uma vibração e para que seja convertido em informação sonora é importante que as funções auditivas estejam em perfeitas condições fisiológicas. Porque o ruído é essencial para a comunicação por meio da voz, uma vez que possibilita a passagem da informação e sua compreensão em diferentes ambientes.
A primeira estrutura fundamental nesse processo é o pavilhão auricular, mais conhecido como orelha, que coleta e envia o evento acústico ao canal auditivo. No ouvido médio, o tímpano transforma as informações sonoras em vibrações que moverão os cílios da cóclea (ouvido interno). A partir desse ponto ocorrerá a interpretação sonora da informação pelo cérebro advinda do nervo auditivo.
O diagnóstico audiológico é baseado no relato de sintomas dos pacientes e na avaliação por meio de testes audiológicos. Esses são classificados como objetivos e subjetivos. Enquanto os primeiros testes analisam a função auditiva por meio de aparelhos, as avaliações subjetivas dependem do comportamento e colaboração do paciente.
Em todos os métodos, os Fonoaudiólogos procuram quantificar a perda auditiva, o prejuízo de outras funções cognitivas e as alterações na rotina diária dos pacientes.
Os profissionais em Audiologia utilizam pelo menos 4 métodos para elaborar um parecer sobre a capacidade acústica do paciente. Inicialmente é feito uma inspeção otológica clínica, medidas de limitação acústica e timpanometria, entre outros testes recomendados.
Após a identificação dos danos auditivos é crucial evitar a progressão da doença, instituir terapias menos invasivas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para tanto, os profissionais devem optar pela terapia mais efetiva.
Dentre elas podemos citar: inserção do aparelho de amplificação sonora individual, implante coclear e reabilitação dos distúrbios da audição. A primeira terapia tem como função amplificar o som do ambiente a níveis audíveis pelo paciente, sendo ajustado conforme seu grau de perda de audição.
Por isso, o implante coclear é um aparelho que devolve a sensação auditiva próxima ao limite fisiológico. E pode ser implantado uni ou bilateralmente. Vale ressaltar que o Fonoaudiólogo já começa a sua atuação nesses casos, desde o implante cirúrgico, através do mapeamento do implante coclear.
Já a reabilitação dos distúrbios da audição pode ser feita por meio de sessões com o Fonoaudiólogo em que ele direciona os testes à linguagem, escrita e comunicação para compreender os sons. Também estão disponíveis softwares que auxiliam no restabelecimento da função auditiva em crianças e adultos que sofreram traumas reversíveis.
Os fonoaudiólogos são profissionais responsáveis pelo trabalho de habilitação e reabilitação da voz, atenção a distúrbios da audição, motricidade oral, leitura e escrita. No que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em aspectos referentes a funções auditiva periférica e central.
Não é de hoje que o envelhecimento da população brasileira chama a atenção de profissionais da saúde. Esse fenômeno impacta positivamente o mercado de trabalho para o especialista em Audiologia, cuja demanda aumenta constantemente.
Por outro lado, a demanda pelo profissional cresce por conta de crianças e adolescentes também. É, inclusive, uma preocupação do Conselho Federal de Fonoaudiologia o aumento do número de jovens que estão perdendo a audição. Na maioria dos casos, devido ao uso inadequado de fones de ouvido.
A Audiologia é a área mais rentável da Fonoaudiologia. Alguns audiologistas chegam a faturar R$ 20 mil por mês. Aí surge um ponto polêmico. Muitos profissionais pensam que para se dar bem nessa área é preciso "empurrar o aparelho para o paciente" independentemente do que ele queira ou necessite. Essa é uma visão totalmente errônea.
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