Como trabalhar com Fonoaudiologia na Síndrome de Down?






A fonoaudiologia é uma parte da medicina que é responsável pela prevenção, habilitação e reabilitação da fala, audição e motricidade oral. A síndrome de down e fonoaudiologia andam juntas para garantir um melhor desenvolvimento dessas crianças. Essa ciência exerce papel fundamental no crescimento desses pacientes e, por esse motivo, o acompanhamento deve ser feito desde os primeiros meses de vida. O trabalho de fonoaudiólogos com crianças com síndrome de Down é amplo e inclui tanto a parte da fala em si, como a preparação da musculatura para que a criança possa desenvolver a fala.

Toda criança com síndrome de down deve se beneficiar da fonoaudiologia. A síndrome de down e fonoaudiologia devem estar juntas de forma individualizada de acordo com cada necessidade da criança, pois nem todos os portadores da trissomia do 21 apresentam as mesmas características e dificuldades. As manifestações clínicas podem ser mais moderadas em uns ou mais intensas em outros, daí a importância de uma avaliação clínica detalhada para que todas as síndromes cromossômicas tratadas pela fonoaudiologia possam ter resultados satisfatórios.


Nessa avaliação clínica, o fonoaudiólogo tem extrema importância de participação, pois é ele quem vai diagnosticar com precisão tudo o que lhe compete e indicar o melhor tratamento para adequar as desordens oro funcionais presentes nessas crianças.

O fonoaudiólogo exercerá também tudo o que estiver ao seu alcance, mas ele também dará todas as orientações necessárias para a família e as pessoas envolvidas nesse processo para que possa auxiliar no tratamento.

Apesar das crianças portadoras da síndrome de down apresentarem algumas alterações mentais e motoras, elas não são limitadas. Mas, ao dar início ao tratamento, alguns fatores subjetivos devem ser considerados para não exigir e sobrecarregar demais a criança.

Como trabalhar com a Síndrome de Down?

A trissomia do 21 e comunicação de alterações respiratórias estão juntas na maioria dos casos. As mais comuns dessas alterações são falta de equilíbrio dos músculos orofaciais que gera um posicionamento inferior da mandíbula deixando a boca semiaberta. Com isso, a língua se projeta para fora e pode dificultar a respiração oral. Esses fatores podem levar a problemas de infecções respiratórias, dificultando ainda mais a respiração e a articulação de sons.

O trabalho se inicia ao nascimento, pois a sucção e a deglutição frequentemente estão prejudicadas, além da coordenação destas funções com a respiração. Ainda no berçário o trabalho fonoaudiológico pode ser requisitado para adequar o processo de amamentação facilitando o ganho de peso e reduzindo a permanência do bebê no hospital.

A sucção é um trabalho importante para estimular a percepção dos líquidos que a criança ingere. Para que ocorra um amadurecimento dessa função, a atividade labial deve ser trabalhada de forma mais cautelosa através da concentração da criança, para gerar uma pressão maior da cavidade oral e controlar a quantidade dos líquidos ingeridos.

A qualidade na voz das crianças portadoras da síndrome de down é menor. A maioria delas apresenta dificuldades ao se comunicar, como troca de alguns fonemas na fala que fica imprecisa e deficiente. Isso se deve também à alteração da forma do céu da boca que, nessas crianças, é um pouco mais alto.


Com a voz instável e a articulação mal coordenada dos movimentos da boca que geram a substituição de grande parte dos fonemas, pode ocorrer um entendimento deficiente da mensagem, mas isso não pode ocasionar uma subestimação das reais capacidades da criança. Com isso, é necessária a junção de um trabalho tanto linguístico quanto auditivo por parte do fonoaudiólogo.

A maioria das crianças com síndrome de down apresentam dificuldades de mastigação e deglutição. Isso se deve, principalmente, ao desequilíbrio dos músculos orofaciais que ocasionam alterações na arcada dentária e dificuldade de propulsão lingual. Além disso, a musculatura orofaríngea também está envolvida. Com o trabalho realizado entre a síndrome de down e fonoaudiologia, o processo de evolução alimentar se torna ainda mais fácil. Esse acompanhamento ajuda a desenvolver as consistências dos alimentos líquidos e pastosos para sólidos.

O acompanhamento de um fonoaudiólogo deve começar desde o nascimento da criança com síndrome de Down, e é de longo prazo. Sua regularidade e seu enfoque, no entanto, vão variar, dependendo das necessidades dos pais e das crianças em diferentes fases da vida.

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