A atenção básica juntamente com sua equipe multidisciplinar, surge como peça fundamental para a promoção de saúde e a prevenção de doenças e agravos na sociedade. Nesse contexto da multidisciplinaridade, o profissional fisioterapeuta possui importante papel, já que enriquece os cuidados à saúde com seus conhecimentos generalistas e ainda por desenvolver a saúde em todos os seus níveis.
A Fisioterapia é definida como uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais.
Ainda na saúde pública o fisioterapeuta pode atuar no Núcleo de Assistência à Saúde da Família (NASF), que age em conjunto com a Estratégia Saúde da Família (ESF), baseando-se nos princípios da integralidade, intersetorialidade, com ações voltadas para a promoção de saúde e qualidade de vida dos usuários.
A formação do fisioterapeuta não deve ser somente focada em técnicas, mas também no indivíduo de forma global, seja social e humana, sendo o principal recurso desse profissional as mãos, o toque, assim o contato, o envolvimento com o outro, sendo a recuperação desse instrumento uma forma de humanizar o atendimento, e melhorar a qualidade deste.
Ela ainda tem como importante recurso, a epidemiologia, podendo ser usada para traçar e conhecer o perfil epidemiológico da população e utilização da assistência fisioterapêutica por parte destes, bem como no estudo do estabelecimento e aperfeiçoamento de técnicas, métodos de intervenção e tratamento em Fisioterapia.
O saber inerente às práticas triviais da profissão, apresentam-se ainda falhos para a identificação das condições de risco, para desempenhar efetivamente suas funções de acordo com as necessidades apresentadas pela saúde pública. O fisioterapeuta além de interagir com os profissionais de saúde precisa relacionar-se com diferentes profissionais, como os antropólogos, filósofos, engenheiros, pedagogos, devendo também expandir seus conhecimentos nas práticas epidemiológicas, para maior compreensão das doenças, seus fatores de risco, e o melhor método de intervenção para prevenir.
O fisioterapeuta deve aproximar-se de saberes da epidemiologia, que poderá oferecer conhecimentos quanto à distribuição das doenças nas coletividades, sua magnitude e potenciais fatores de risco, e das ciências sociais, que poderão desvelar os fatores culturais, comportamentais e religiosos do processo saúde-doença, bem como subsidiar a contextualização da realidade histórico-social na determinação do risco.
A fisioterapia necessita romper com as barreiras do modelo biologicista-curativo em que sempre se apoiou e se aproximar da saúde coletiva, que valoriza o social como categoria analítica do processo saúde-doença e propõe novas formas de organização do setor saúde.
Até a próxima!
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