A Enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo atividades de promoção, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação da saúde, atuando em equipes.
A enfermagem vem ampliando, a cada dia, o seu espaço na área da saúde, tanto no contexto nacional quanto no cenário internacional. O enfermeiro assume um papel cada vez mais decisivo e pró-ativo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção e proteção da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões. O cuidado de enfermagem é, portanto, um componente fundamental no sistema de saúde local, que apresenta os seus reflexos a nível regional e nacional e, por isso, também motivo de crescentes debates e novas significações.
Mesmo que interligada e complementada por outros saberes profissionais, a enfermagem pode ser amplamente definida como a ciência do cuidado integral e integrador em saúde, tanto no sentido de assistir e coordenar as práticas de cuidado, quanto no sentido de promover e proteger a saúde dos indivíduos, famílias e comunidades. Nessa direção, o cuidado de enfermagem configura-se como prática social empreendedora, pela inserção ativa e pró-ativa nos diferentes espaços de atuação profissional e, principalmente, pelas possibilidades interativas e associativas com os diferentes setores e contextos sociais
A Saúde Coletiva privilegia nos seus modos de análise quatro focos de tomada de decisão:
- as políticas (formas de distribuição do poder, eleição de prioridades, perspectivas de inclusão social e visão de saúde);
- as práticas (ações institucionais, profissionais e relacionais, permeabilidade às culturas, produção de conhecimento);
- as técnicas (organização e regulação dos recursos e processos produtivos) e
- os instrumentos (os meios para a intervenção).
As ações da saúde coletiva têm como eixo norteador as necessidades sociais em saúde e, nesse sentido, preocupam-se com a saúde do público, sejam indivíduos, grupos étnicos, gerações, classes sociais e populações, instigando uma maior e mais efetiva participação da sociedade nas questões da vida, da saúde, do sofrimento e da morte, na dimensão do coletivo e do social.
- as políticas (formas de distribuição do poder, eleição de prioridades, perspectivas de inclusão social e visão de saúde);
- as práticas (ações institucionais, profissionais e relacionais, permeabilidade às culturas, produção de conhecimento);
- as técnicas (organização e regulação dos recursos e processos produtivos) e
- os instrumentos (os meios para a intervenção).
As ações da saúde coletiva têm como eixo norteador as necessidades sociais em saúde e, nesse sentido, preocupam-se com a saúde do público, sejam indivíduos, grupos étnicos, gerações, classes sociais e populações, instigando uma maior e mais efetiva participação da sociedade nas questões da vida, da saúde, do sofrimento e da morte, na dimensão do coletivo e do social.
O enfermeiro da Saúde Coletiva desenvolve sua prática em diversas áreas, como assistência de enfermagem individual, ações educativas, coordenação de cargos técnicos da Vigilância Epidemiológica, além das ações relativas ao gerenciamento da equipe de enfermagem e participação com a equipe de saúde no planejamento, coordenação e avaliação das ações de saúde.
Para isso é importante ele conhecer as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e as normas técnicas vigentes, podendo identificar e avaliar os problemas de saúde e elaborar planos de intervenção.
Uma das funções técnico-administrativas do enfermeiro é o gerenciamento de serviços e(ou) da Unidade Básica de Saúde. Ele desenvolve ações de programação e avaliação das atividades de enfermagem; delega e distribui tarefas para os funcionários; supervisiona a equipe de enfermagem e as atividades realizadas; é responsável pela previsão e provisão de material e equipamentos necessário às ações de enfermagem; auxilia na conservação de aparelhos e equipamentos e, quando necessário, solicita concertos; elabora e atualiza procedimentos, rotinas e normas de enfermagem; revisa periodicamente o registro de dados e os sistemas de comunicação; analisa e avalia a assistência prestada à comunidade. As funções educativas estão relacionadas com a capacitação da equipe de enfermagem, onde identifica necessidades dos funcionários, planeja, executa e avalia os cursos ministrados.
Discute com grupos organizados da sociedade (grupos de sem-terra, associação de moradores, igrejas e outros) os problemas de saúde e as alternativas para resolvê-los. Entre as atividades técnico-assistenciais o enfermeiro aplica o processo de enfermagem individual e comunitário, executando a consulta de enfermagem.
Conforme a necessidade, é utilizado o diagnóstico da comunidade, o qual é levado em consideração os dados epidemiológicos. Além disto, planeja e executa atividades e cuidados de enfermagem de maior complexidade – os de menor complexidade são delegados, em sua grande maioria, aos técnicos de enfermagem – conforme a Lei do Exercício Profissional.
Falando sobre SUS, pode-se considerar, que um projeto de saúde de caráter universal e democrático, convoca seus profissionais para uma participação que vai além do desenvolvimento de ações e procedimentos de caráter técnico-científico, já que coloca em questão qual projeto de sociedade e desenvolvimento se quer construir. A Enfermagem tem um compromisso ético com a construção e fortalecimento cotidiano do SUS, influenciando a formulação de políticas públicas e atuando na educação profissional de enfermeiros que efetivem, na sua prática, os princípios do SUS. Assume-se, dessa forma, que os modelos e práticas de formação de enfermeiros são estratégias para o fortalecimento da construção da equidade em saúde
Nesse sentido, a atuação da Enfermagem no campo da Saúde Coletiva confere peso à dimensão de prática social da profissão, reforçando o papel político do enfermeiro diante das iniquidades sociais, econômicas e culturais que refletem uma ordem social injusta em vários planos
Sendo assim, o enfermeiro é reconhecido como um profissional capaz de, mediante conhecimentos, habilidades e atitudes, promover um cuidado integral e humanizado e interagir com a família e sua comunidade, promovendo o diálogo, a educação em saúde e a troca de saberes. Assim, o cuidado de Enfermagem - técnico, clínico e relacional - ganha amplitude ao avançar da dimensão individual para a dimensão coletiva. Ademais, o enfermeiro é identificado como o principal agente catalisador das políticas públicas relacionadas à Saúde Coletiva, em especial aquelas relacionadas à Estratégia de Saúde da Família; e como um profissional-chave para o acompanhamento dos usuários no SUS.
Sem dúvida, a Saúde Coletiva oferece conteúdos e práticas relacionados ao conceito ampliado de saúde, à complexidade do cuidado e à educação em saúde, particularmente as ações educativas para o autocuidado.
A Enfermagem, como ciência e prática que encontra sua centralidade no cuidado humano, deve assumir o compromisso de estreitar sua interface com a Saúde Coletiva, fato o qual lhe permitiria avançar na compreensão da complexidade dos problemas de saúde e das demandas e necessidades de usuários do SUS em busca de cuidado. São pontes a serem construídas e reforçadas, especialmente na formação profissional e na gestão do trabalho em saúde
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