Bioquímica da Fisiologia do Exercício







As atividades ou exercícios físicos que realizamos em diferentes situações da vida (cotidiana, laboral, recreativa), assim como os programas de exercício com fins de saúde e sobretudo o esporte competitivo em diferentes idades e níveis de competição, requerem liberação energética leve, moderada ou intensa, dependendo da duração e da intensidade do exercício e da relação carga do exercício-descanso, frequência da atividade, estado de saúde, idade e condição física atual do indivíduo.

A energia necessária para fosforilar o ADP em ATP é proporcionada pela degradação aeróbia de carboidratos, gorduras e proteínas. Caso não se consiga um ritmo estável entre a fosforilação oxidativa e as necessidades energéticas da atividade, desenvolve-se um desequilíbrio anaeróbio-aeróbio, acumula-se ácido láctico, a acidez nos tecidos aumenta e sobrevém rapidamente a fadiga.

A capacidade de manter um alto nível de atividade física sem fadiga demasiada depende de dois fatores:

- Da capacidade de integração de diferentes sistemas fisiológicos (respiratório, circulatório, muscular, endócrino) para realizar o exercício.

- Da capacidade das células musculares específicas de gerar ATP de modo aeróbio.

Após o processo digestivo, temos macronutrientes (carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos) detentores de calorias (energia química) disponíveis para abastecer nossos sistemas de produção de ATP, os chamados sistemas de ressíntese de ATP.

Eles são classificados, de acordo com a necessidade ou não de oxigênio, em aeróbio ou anaeróbio, e possuem características específicas:

Anaeróbio aláctico (ATP-CP): fonte imediata de energia, porém com capacidade limitada pela quantidade de fosfocreatina muscular. Utiliza a fosfocreatina armazenada no tecido muscular como fonte de energia e de fosfato para síntese de ATP de forma instantânea;

Anaeróbio láctico (glicolítico): fonte rápida de energia, porém resulta em acidose muscular o que limita o ritmo enzimático e sua capacidade produtiva. Utiliza glicose (glicogênio muscular) como fonte principal de energia para síntese de ATP a nível citoplasmático, sem a necessidade de oxigênio;

Aeróbio (oxidativo): fonte eficiente de energia com grande capacidade e duração. Nesse sistema reside o famoso ciclo de Krebs e o sistema transportador de elétrons. Utiliza preferencialmente glicose, mas pode recrutar ácidos graxos livre e aminoácidos como fontes secundárias. O sistema aeróbio (necessita de oxigênio no processo) é o que tem maior capacidade de produção de ATP para uma mesma quantidade de substrato, porém seu processo é mais lento e portanto não consegue disponibilizar energia instantaneamente.

Qual a importância de toda essa bioquímica?

A energia é produzida através de uma interação entre as vias energéticas. A depender do tipo, intensidade e duração do exercício realizado, estes sistemas são ativados com diferentes parcelas de contribuição. A compreensão da interação entre as vias energéticas é de extrema importância para técnicos e treinadores planejarem programas de preparação física, treinos e ciclos de treinamento.

Nosso corpo é composto por muitos sistemas diferentes que se unem durante a realização de exercícios. Precisamos estudar as características e limitação de cada sistema para poder prescrever os exercícios de forma correta.

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