A Psicologia Hospitalar é um ramo da Psicologia que tem como principal objeto de estudo a saúde mental do paciente internado em alguma instituição de saúde, geralmente hospitais, seja em ambulatórios, enfermarias ou UTIs.
O ambiente hospitalar é por si só delicado e pode causar distúrbios psicológicos, tanto por parte dos enfermos quanto de suas famílias. Nessas situações, muitas vezes extremas, o psicólogo hospitalar torna-se imprescindível.
Ao ser internada, a pessoa enferma deixa seu lar e deve reajustar sua vida à rotina hospitalar: adaptar-se aos horários de refeições, às terapias e submeter-se às regras impostas pelos profissionais de saúde para a recuperação, abrindo mão da sua individualidade. Dependendo o quadro, essas mudanças podem afetar seu bem estar mental.
É aí que entra o psicólogo hospitalar: ele deve ouvir as queixas e anseios do paciente e tentar reacomodá-lo ao novo contexto, dando-lhe ferramentas para enfrentar sua condição da melhor maneira, principalmente em casos graves ou incuráveis – e aí entra também o suporte à família do doente.
Áreas de atuação dentro da Psicologia Hospitalar
O profissional especializado em Psicologia Hospitalar pode ser encontrado em diversos setores dentro de um hospital, como:
• Ambulatórios
• Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), UTIs Pediátricas, Semi-intensivas e Neonatais
• Pronto Atendimento
• Enfermarias em Geral (Adulto e Pediátrica)
• Centro Médico Cirúrgico (auxílio no pré e pós-operatório)
O psicólogo hospitalar tem uma área de atuação bem ampla dentro das instituições de saúde. Confira a seguir os três principais papéis desse profissional:• Avaliação psicológica de pacientes: O profissional examina o paciente para emitir laudos que ajudem a equipe médica a compreender sua condição mental e a melhor maneira de lidar com o diagnóstico, quais rumos de tratamento seguir, etc.
• Apoio psicológico a pacientes e familiares: Enfrentar uma doença não é fácil e pode esgotar a capacidade mental e emocional não apenas do enfermo, mas também de seus entes queridos. Os hospitais oferecem o suporte dos psicólogos hospitalares para ajudar todos os envolvidos a lidar melhor com a situação.
• Suporte psicológico a profissionais de saúde: Os funcionários de hospitais e clínicas podem enfrentar dificuldades diárias para lidar com pacientes problemáticos. O psicólogo hospitalar pode ajudá-los com essas questões, além de prestar auxílio para que se recuperem do falecimento e agravamento do quadro de pessoas enfermas por quem se afeiçoaram, entre outras situações difíceis.
O psicólogo hospitalar também pode realizar outras funções, como por exemplo:• Supervisionar grupos terapêuticos de pacientes e familiares.
• Realizar reuniões com a equipe de saúde para discussão e orientação do melhor tratamento possível para determinado paciente.
• Ajudar grávidas a lidarem com as questões da maternidade.
Como se tornar um Psicólogo para trabalhar na área Hospitalar
Após realizar uma graduação em Psicologia, que dura quatro anos e muitas faculdades oferecem duas modalidades de diploma: o bacharelado e a licenciatura. No caso, o formato mais indicado é o bacharelado, que tem uma abordagem mais generalista da profissão (a licenciatura é mais focada na psicologia educacional, com uma carga muito grande de Pedagogia).
Após a obtenção do diploma, o recém-formado deve se cadastrar no Conselho Regional de Psicologia (CRP) de seu estado: é necessário apresentar o certificado de conclusão do curso e alguns documentos pessoais.
Depois, o ideal é fazer uma especialização na área de Psicologia Hospitalar. Não é obrigatória para conseguir emprego, mas as instituições de saúde dão preferência ao profissional especializado.
A especialização em Psicologia Hospitalar pode entre 18 e 24 meses. É possível fazer o curso de pós-graduação na modalidade presencial e a distância.
Há ainda outra alternativa para conseguir o título de especialista em Psicologia Hospitalar: o concurso realizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Trata-se de uma prova teórica e prática. Para se inscrever é necessário comprovar pelo menos dois anos de prática profissional.
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