Com o objetivo principal de manter o bem-estar da criança e sua reabilitação, a enfermagem vem desenvolvendo uma nova concepção de assistência integral, com inserção de novas responsabilidades ao pessoal de enfermagem, aperfeiçoando os métodos de trabalho, técnicas, normas e rotinas (CAMPESTRINI, 1991).
Com o decorrer dos anos, a preocupação com a saúde das crianças vem aumentando em todas as potências mundiais, mesmo em países subdesenvolvidos, onde as taxas de morbimortalidade infantil destacam-se.
Criou-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, houve a repressão do trabalho infantil, acelerou-se a fiscalização sobre a violência e abuso sexual na infância, destaca-se em várias campanhas educativas a prevenção de acidentes na infância, estimula-se a criança a frequentar a escola, as políticas de saúde na atenção à criança baseiam-se na prevenção educativa entre pais e filhos, enfim, várias ações são implementadas no cotidiano das crianças para que se tornem adultos mais saudáveis física e psicologicamente.
A Lei nº 8.069 de 1990 institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), regulamentando os direitos das crianças e adolescentes a partir das diretrizes contidas na Constituição Federal de 1988, e na inter-relação de algumas normativas internacionais como: Declaração dos Direitos da Criança (Resolução 1.386 da ONU – 20 de novembro de 1959), Regras Mínimas das Nações Unidas para a administração da Justiça da Infância e da Juventude (Regras de Beijing Resolução 40/33 da ONU – 29 de novembro de 1985) e Diretrizes das Nações Unidas para a Prevenção da Delinquência Juvenil (Diretriz de Riad – ONU 1º de março de 1988).
Mesmo diante de todas as ações e organizações que estimulam direta ou indiretamente o cuidado, ainda é espantoso algumas estatísticas apresentadas relacionadas com: morbimortalidade infantil; pedofilia; trabalho infantil; violência física e sexual; uso de drogas na infância; abandono da criança pelos pais; acidentes de trânsito que envolvem crianças; entre tantos outros.
Desta forma, é imprescindível a atenção continuada sobre a situação das crianças, no intuito de buscar diariamente uma melhor qualidade de vida a elas por meio da prevenção de doenças e agravos. O enfermeiro enquanto agente de promoção e prevenção da saúde da criança é ligado diretamente a todas as situações cotidianas da vida da criança, talvez este seja um dos motivos tão peculiares de trabalhar com este público.
O trabalho de enfermagem com crianças vai além de uma mera observação e avaliação física, já que quaisquer situações sociais e/ou ambientais que a criança estiver exposta terão reflexo na evolução do crescimento e desenvolvimento, tendo o enfermeiro a responsabilidade investigativa das causas dos déficits detectados.
Diante disso, podem-se descrever como principais habilidades e atribuições do
enfermeiro em pediatria as seguintes:
- O enfermeiro deve conhecer todo o processo de Crescimento e Desenvolvimento da Criança, para realização de uma avaliação eficiente;
- O enfermeiro deve interagir sempre com a criança e a família, uma vez que todos os processos ambientais e sociais que interferem no desenvolvimento normal de uma criança podem estar ligados ao convívio familiar ou social;
- O enfermeiro necessita ser conhecedor de todas as políticas de saúde de atenção à criança e a operacionalização das mesmas, para que consiga sempre em sua atuação realizar os encaminhamentos necessários;
- O enfermeiro precisa buscar ferramentas na comunicação com a criança, interação, tornando assim a informação um processo presente e a relação com a equipe de enfermagem satisfatória para busca de bons resultados;
- O enfermeiro deve promover um ambiente saudável à criança e de interação buscando a cooperação da criança;
- Para o enfermeiro é necessário conhecer o Estatuto da Criança e do Adolescente e agir sempre na intenção de cumpri-lo;
- O enfermeiro tem responsabilidade de promover a segurança no atendimento à criança em todas as suas fases, por meio de procedimentos técnicos isentos de riscos e manutenção da criança em ambiente seguro quando nos momentos de consulta de enfermagem e internação hospitalar;
- Cabe ao enfermeiro manter sua equipe de atendimento capacitada para a prestação da assistência de enfermagem infantil, construindo em conjunto com os demais profissionais da especialidade pediátrica protocolos de atendimento, maneiras de relacionamento entre a equipe, criança e pais; capacitação e atualização técnica diante de todos os procedimentos realizados em seu local de trabalho, entre outros;
- O enfermeiro em sua atuação no atendimento infantil deverá contribuir para a adaptação da criança ao meio, na consulta ou na internação hospitalar.
Eu sou a Dani, a atendente do
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