Estima-se que existam atualmente mais de 200 linhas terapêuticas com abordagens diferentes e reconhecidas pelo Conselho de Psicologia. Contudo, é importante ressaltar que diversos estudos mostram não haver uma ou mais abordagens que sejam mais efetivas que outras, mas sim que a eficácia da terapia depende de vários outros fatores que não a abordagem terapêutica, como, por exemplo, capacitação do terapeuta, confiança do paciente no terapeuta, dentre outros.
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Psicanálise
Pelo fato de Freud (criador da Psicanálise) desenvolver a ideia da psicoterapia – terapia que, através da fala, trata problemas psíquicos - a Psicanálise é considerada a primeira escola de psicoterapia.
A Psicanálise surgiu em 1901 e tem como uma das bases principais a noção do inconsciente, entendendo que questões inconscientes possam influenciar ou gerar sintomas atuais.
O papel do psicanalista é ajudar o paciente a relembrar, recuperar e reintegrar materiais inconscientes de forma que a vida atual seja mais satisfatória. Uma das formas de trabalho é através da associação livre, em que o paciente verbaliza tudo o que pensa sem censuras e o psicanalista interpreta esses conteúdos. No curso de um tratamento psicanalítico intensivo, investiga-se a natureza das relações originárias da infância de cada indivíduo.
Dentro da Psicanálise, existem diversas linhas, como, por exemplo, a psicanálise lacaniana (baseada na teoria de Lacan), a psicanálise Kleiniana (baseada na teoria de Melanie Klein) dentre outras.
Terapia cognitivo comportamental
Já a terapia cognitivo- comportamental diverge da Psicanálise por considerar que o ser humano é um resultado de aprendizagens. Ela surgiu em 1956 criada por Aron Beck. Contudo, considera-se que teve como base a teoria behaviorista de Skinner.
A TCC foca então nos processos cognitivos, nas formas de pensamento, entendendo que os pensamentos distorcidos é que geram os sintomas. Assim, o terapeuta busca auxiliar o cliente a fazer uma avaliação mais objetiva e realista das situações e também um treino de habilidades e de novos comportamentos, com técnicas direcionadas.
Psicologia Humanista
A Psicologia humanista surgiu na década de 50 e foi denominada como terceira força da Psicologia, pois ela fazia uma oposição à Psicanálise e à abordagem comportamental. A Psicologia humanista rejeita a ideia de que todo ser humano tem uma neurose básica e considera que toda pessoa tem capacidade de crescimento e desenvolvimento normais.
O papel do terapeuta então não é direcionar, mas criar um ambiente acolhedor e empático em que o ser humano possa se desenvolver na direção em que ele escolher e para que ele possa ser realmente quem é.
Dentre as abordagens da Psicologia Humanista, estão a Gestalt Terapia (criada por Fritz Perls), a Abordagem Centrada na Pessoa (criada por Carl Rogers), a Análise Transacional (criada por Eric Berne), o Psicodrama (criado por Moreno), dentre outras.
- A Gestalt Terapia
Como uma linha dentro da Psicologia Humanista, a Gestalt Terapia foi criada nos anos 50 e tem uma visão de homem como um ser total (sensações, sentimentos, pensamentos, corpo)
A proposta da GT é que o paciente possa experienciar, vivenciar as coisas, ao invés de ter somente um entendimento racional ou modificar seu comportamento e que, quando há esse experienciar, aí sim o paciente passa a ter um entendimento integral (pensar, sentir e agir). A GT utiliza o método fenomenológico, onde não se busca as causas para um sintoma, mas sim entendê-lo sob vários aspectos. É focada no aqui agora, no que está presente no momento para o cliente. Acredita que a mudança é quando "a pessoa passa a ser o que ela é e não aquilo que ela não é"
Assim a gestalt terapia é aberta, não direcionada, contudo pode utilizar-se de técnicas que favoreçam a vivência do paciente.
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