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No Brasil, as primeiras experiências com vacinação datam de 1904, com a introdução da vacina antivariólica no Rio de Janeiro, de forma obrigatória, em caráter campanhista, chefiada por Oswaldo Cruz. Até 1973, as atividades relativas às vacinas eram caracterizadas pela descontinuidade e pela forma isolada em que aconteciam. Eram ações conduzidas em forma de programas especiais como o da erradicação da varíola, controle da tuberculose e o controle da poliomielite. Não havia uma coordenação nacional, os programas eram desenvolvidos através dos Governos Estaduais.
Em 1973, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), como forma de coordenar, nacional e uniformemente, as ações referentes à vacinação. A institucionalização do PNI aconteceu em 1975, em decorrência de uma soma de fatores. A experiência positiva da erradicação da varíola no Brasil, em 1973, foi um desses fatores. Outro acontecimento de grande importância foi a elaboração do Plano Decenal de Saúde para as Américas, o qual enfatizava a necessidade de controlar as doenças evitáveis por imunização no Continente. A criação da legislação específica para imunizações e vigilância epidemiológica (Lei 6259, de 30-10-75, e Decreto 78.231, de 30-12-76) também contribuiu de forma decisiva para a institucionalização do PNI.
Com isso, o enfermeiro passou a ter um papel reconhecido em todo o processo e deve desenvolver ações educativas em saúde em todo e qualquer contato com a população. Nesse sentido, as ações de vacinação devem ser abordadas e discutidas com a comunidade, de forma a possibilitar a capacitação dos indivíduos ou grupos a ajudarem na melhoria da saúde da população.

Na sala de vacinação as atividades devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem treinada para o manuseio, conservação e administração dos imunobiológicos. Essa equipe deve ser composta, preferencialmente, por um ou dois técnicos/auxiliares de enfermagem, contando com a participação de um enfermeiro, responsável pela supervisão e treinamento em serviço. Para tal supervisão é exigido ao enfermeiro a Responsabilidade Técnica (RT) pelo serviço, o que está estabelecido na Resolução Nº 302 de 2005 do Conselho Federal de Enfermagem.

As principais responsabilidades do pessoal que trabalha em sala de vacinação são: orientar e prestar assistência à clientela com segurança, responsabilidade e respeito; prover periodicamente as necessidades de material e imunobiológicos; manter as condições ideais de conservação de imunobiológicos; manter os equipamentos em boas condições de funcionamento; acompanhar as doses de vacinas administradas de acordo com a meta; buscar faltosos; divulgar os imunobiológicos disponíveis; avaliar e acompanhar sistematicamente as coberturas vacinais e buscar periodicamente atualização técnico-científica.

O enfermeiro tem um papel fundamental no Programa de Imunizações, porque é dele a responsabilidade de treinar o pessoal auxiliar para o desempenho das atividades de vacinação e de realizar a supervisão desse pessoal. A qualidade do serviço prestado em sala de vacinas depende basicamente da forma de atuação dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Além das atividades ligadas ao pessoal auxiliar, o enfermeiro desempenha também ações ligadas ao planejamento das ações de imunizações, como estratégias de busca aos faltosos, organização de campanhas de vacinação, análise de coberturas vacinais, vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis, entre outras.


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