A Doença de Alzheimer compromete mais do que a memória. Ela afeta diretamente a autonomia, a orientação espacial, o julgamento motor e a capacidade de executar tarefas simples do cotidiano. Para o profissional que atua com idosos, isso exige uma abordagem que vá além do físico. O treinamento funcional com foco em idosos com Alzheimer precisa unir movimento e estímulo cognitivo para manter a funcionalidade pelo maior tempo possível.
Nos estágios iniciais da doença, o paciente ainda tem boa resposta a comandos, coordenação preservada e capacidade de realizar tarefas com independência. Esse é o momento de intervir com mais intensidade, trabalhando padrões motores globais e estimulando as redes cognitivas envolvidas na ação. A proposta funcional deve priorizar movimentos que tenham sentido prático, como levantar-se, carregar objetos, mudar de direção, caminhar em ritmo variável e interagir com o espaço.
À medida que o quadro avança, a perda da atenção, da memória operacional e da organização sequencial afeta diretamente a execução dos exercícios. A resposta motora passa a depender de pistas visuais, auditivas e táteis. Por isso, a estrutura do treino deve ser simples, com orientações claras, previsíveis, mas não passivas. O desafio precisa existir. O estímulo precisa ser constante.
- Explorar tarefas que envolvam comando e resposta imediata, como seguir instruções com mais de uma etapa
- Associar movimento a objetos, cores ou direções específicas, integrando o estímulo cognitivo à ação motora
- Trabalhar o reconhecimento espacial e corporal por meio de trajetos, obstáculos e mudanças de plano
- Estimular a memória recente com sequências curtas e repetidas de movimento
- Incluir desafios que envolvam lateralidade, ritmo e percepção visual
- Manter rotinas estruturadas, com progressões leves, mas inserindo variabilidade controlada
- Respeitar o tempo de resposta, sem pressionar por agilidade, mas mantendo a intencionalidade do movimento
O papel do exercício físico vai além da manutenção muscular. Ele ajuda na regulação do humor, na redução da agitação, melhora o sono e pode até retardar o avanço dos sintomas em alguns casos. O ambiente de treino deve ser acolhedor, sem excesso de estímulos, mas com o mínimo necessário para ativar o engajamento e a resposta cognitiva.
Outro ponto-chave é a repetição funcional. Idosos com Alzheimer perdem a capacidade de generalizar comandos, então quanto mais o exercício estiver relacionado à rotina diária, mais fácil será a assimilação. Caminhar até uma cadeira, pegar um objeto e voltar. Subir um degrau com apoio e descer. Tarefas simples, com significado motor e cognitivo.
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