Importância da Fisioterapia no processo de Cirurgia Bariátrica





A população de uma forma geral ´recisa saber da importância da fisioterapia em todo o processo da Cirurgia Bariátrica. Esses profissionais atuam em todo o processo: no pré-operatório prepara o paciente para ser submetido com segurança ao procedimento cirúrgico, logo após a cirurgia reestabelece as funções respiratórias e realiza exercícios para prevenção de tromboses, a seguir, auxilia na saída do sedentarismo e início de praticas esportivas e atividades físicas, bem como reabilitação postural, reabilitação do períneo e melhora da estética facial e corporal. Enfim, participa de todo o processo desde o pré-operatório até o pós-operatório das cirurgias plásticas estéticas e reparadoras.

Veja alguns casos específicos:

Redução das complicações respiratórias pós-operatórias: essas complicações, podem surgir até 30 dias depois da cirurgia, são complicações como: infecções respiratórias, atelectasias (quando os pulmões ficam "murchos"), agudização dos quadros de bronquite e asma (com o surgimento de secreções e chiados) e dificuldade respiratória por diminuição de força dos músculos respiratórios.

Existe a possibilidade do surgimento destas complicações devido as alterações impostas pelo próprio quadro de obesidade (quanto maior o IMC maiores são as alterações) somadas ao procedimento cirúrgico, onde o paciente será submetido a anestesia geral, intubação e receberá medicamentos que alterarão a capacidade respiratória até 21 dias antes da cirurgia.

O fisioterapeuta irá preparar os músculos respiratórios, melhorar a expansão dos pulmões, aumentar a oxigenação (otimizar as trocas gasosas) dos candidatos a realização do procedimento, bem como preparar os portadores de apneia do sono, asma e bronquite para fazerem a cirurgia com tranquilidade sem desestabilizar a parte respiratória. Desta forma, em 2 a 3 horas depois da chegada ao quarto (unidade de internação) da realização da cirurgia, os pacientes tem condições para se manterem sem oxigênio, livres para caminhar, mais independentes. Isso tudo, reduz o tempo de internação hospitalar.

Prevenção de tromboses e embolias:

Os eventos tromboembólicos são outras complicações que podemos evitar. Esses fenômenos ocorrem, pois os próprios componentes do sangue se agrupam e formam um trombo que obstrui geralmente uma veia profunda da perna (panturrilha), durante os períodos em que ficamos imóveis (na mesma posição por algum tempo).

Os obesos já possuem uma circulação alterada e mais lenta, durante a anestesia geral e os primeiros dias de pós-operatório, o imobilismo pode ser maior, favorecendo maiores chances das formações dos trombos.

O papel do fisioterapeuta é avaliar principalmente os membros inferiores (pernas e pés) e de forma individual orientar os pacientes, com exercícios, com uso de meias entre outros. Desta forma, bem orientados os pacientes conseguem fazer a prevenção das tromboses e das temidas embolias.

Prevenção de desajustes e prejuízos ósteo-musculares:

As dores no pré-operatório são diversas e constantes, e todo quadro de dor é atribuída a obesidade. A indicação para o tratamento sempre é perder peso, pois existe uma enorme dificuldade na realização dos exames clínicos e de imagem na vigência da obesidade. Mas, simplesmente não reabilitar e deixar tudo para depois da cirurgia pode ser um erro grave.

Cada lesão que promoveu dor teve uma causa mecânica, emagrecer será ótimo, mas não vai alterar a postura ou os eixos biomecânicos ao ponto de curar as lesões. Esse conceito de que emagrecendo tudo se resolve, é errado!! Emagrecendo a sobrecarga reduz, mas o alinhamento dos eixos e a postura não voltam sozinhos. Há necessidade de reabilitação postural.

Hoje em dia, existem muitas linhas de tratamentos posturais dentro da fisioterapia, quem inicia reabilitação mesmo antes da cirurgia tem melhores resultados no pós-operatório.

Atenção à composição corporal e Preparação para prática de atividade física e esportiva:

Emagrecer é o que se espera no pós-operatório (óbvio!!). Mas emagrecer as custas de perder massa muscular é muito ruim e pode acarretar muitos prejuízos. A perda de massa muscular (sarcopenia) é uma preocupação constante dos profissionais da fisioterapia. A redução da massa muscular leva a flacidez precoce, fraqueza, alteração postural e aos quadros de dor. Exercícios de reabilitação e melhora dos quadros de fraqueza e fadiga são fundamentais para que os pacientes consigam desenvolver as atividades físicas e esportivas.

Recuperar disfunções tegumentares estético-funcionais:

São tratamentos estéticos e funcionais para recuperação da pele. Chamado de tratamento fisioterapêutico dermatofuncional. Diversos recursos podem ser utilizados a fim de melhorar as condições inestéticas consequentes da obesidade, como estrias, fibro edema gelóide (celulite), lipodistrofia localizada (gordura localizada) e flacidez.

A fisioterapia também é indicada aos pacientes submetidos à cirurgia reparadora, necessária quando há um excesso de pele e limitações à sua funcionalidade, auxiliando na diminuição do edema pós-operatório, prevenindo a formação de fibroses e outras complicações, assim como melhorando o aspecto da pele e do contorno corporal. Esses tratamentos podem ser iniciados no pré-operatório de cirurgia bariátrica, contudo, melhorem resultados surgirão após a realização da cirurgia.

Reabilitar assoalho pélvico:

O assoalho pélvico é uma estrutura formada por 13 músculos, fáscias e ligamentos que formam uma rede de sustentação e está localizado entre o osso púbis e o cóccix, ou seja, toda a região da bacia. Fazendo a sustentação dos órgãos localizados na cavidade pélvica: bexiga; reto; orgãos reprodutivos feminino e próstata. Um dos problemas comuns na obesidade, devido a alteração do assoalho pélvico é a incontinência urinária que causa dificuldades sociais e de higiene.

A obesidade aumenta a pressão sobre a bexiga, precipitando ou exacerbando a incontinência urinária, acarretando fraqueza do assoalho pélvico levando à incontinência fecal e disfunções sexuais. Na mulher obesa a anorgasmia (incapacidade de chegar ao orgasmo) é comum.

Técnicas fisioterapêuticas tanto no pré quanto no pós-operatório melhoram estas disfunções e trazem qualidade de vida principalmente na vigência da perda de peso.




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