O ataque no Futsal





Seja no jogo propriamente dito, ou no ensino do futsal, o ataque se encontra dentro dos fundamentos táticos, junto com a defesa, peça chave do jogo de futsal. As ações de ataque podem ser realizadas através de tentativas individuais ou coletivas, entretanto os intentos individuais não podem atrapalhar o desenvolver das situações coletivas de ataque. Segundo Lozano (1995) as atitudes individuais dentro do jogo são bem vindas, no entanto as mesmas devem apresentar o aval do treinador, para que não ocorram muitas interferências no posicionamento tático da equipe durante a partida.

Nos diferentes sistemas de jogo, parte-se de uma colocação básica dos jogadores no terreno de jogo, no entanto a criatividade destes não só deve ser permitida como fomentada pelo treinador, respeitando sempre normas lógicas de equilíbrio posicional. (LOZANO, 1995)

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No futsal moderno, os sistemas ofensivos se tornaram muito rápidos e eficazes, existem uma gama de alternativas táticas, que vão das mais simples as mais complexas, podendo ser utilizadas da iniciação ao nível competitivo. Iniciaremos nossa explanação sobre o ataque, apresentando segundo Fonseca (2007), pontos positivos e negativos dos seguintes sistemas: 2.2, 3.1, 4.0 e Goleiro Linha, esse último sistema surgiu depois de mudanças na regra do jogo. Todos serão contemplados com uma breve explicação, entretanto o sistema 3.1 terá um aprofundamento maior, pois o mesmo foi utilizado como referência para a constituição deste programa de treinamento. O sistema 2.2 para Voser (2001) apresenta dois jogadores fixos na quadra de defesa e dois na quadra de ataque, nessa opção o apelo ofensivo, fica muito limitado, pois dois jogadores ficam encarregados pela defesa, podendo ser eles dois fixos ou um fixo e um ala, então as movimentações de ataque não apresentam muita variações, isso torna o sistema 2.2 em um alvo fácil de marcação. Ele é muito empregado em equipes de iniciação, pois não apresenta muitas variantes táticas, o que facilita a memorização das jogadas, ou então, são utilizados por equipes que não apresentam uma qualidade física apurada. O sistema 3.1, para Mutti (2003) é formado por um jogador fixo na defesa, com dois alas que acumulam a função de transição entre a defesa e o ataque, e um pivô que se apresenta como referência para as jogadas de ataque. Esse sistema apresenta algumas vantagens sobre o sistema anterior, pois cada jogador pode contar com até dois apoios seja nas jogadas ofensivas quanto nas defensivas, ainda acontece uma busca maior pelos os espaços livres da quadra, facilitando assim as finalizações a gol, por possibilitar uma maior movimentação por parte dos atletas. 

O sistema agrega um vasto número de movimentações e jogadas ensaiadas, pois permite que seus jogadores movimentem-se com mais espaço na quadra. No aspecto defensivo apresenta uma maior estabilidade defensiva, pois conta com mais jogadores nas ações defensivas. Neste processo o jogador que joga mais avançado no ataque (pivô) faz o primeiro combate ainda na quadra adversária facilitando assim as ações defensivas dos demais companheiros e também possibilitando uma ação de contra-ataque mais rápida, isso acaba fazendo com que esse sistema, seja utilizado em equipes com um maior tempo de prática dentro do esporte. Entretanto para este sistema obter êxito é necessário que os atletas apresentem um bom nível de conhecimento técnico, tático e condicionamento físico mais elevado com relação ao sistema anterior

Segundo Mutti (2003), o sistema 3.1 leva vantagem quando jogamos em quadras de tamanho pequeno e médio (28 metros a 36 metros de comprimento), também quando possuímos atletas no plantel com características de pivô de referência. Para Santana (2004), o sistema 3.1 apresenta uma diversa variabilidade de padrões de jogo 1 como o redondo, diagonal, paralela, ala com pivô, oito entre outros. Já no sistema 4.0 ou 4 em linha, para Lozano (1995), não há um posicionamento fixo de nenhum jogador, isso faz que todos sejam responsáveis pelas movimentações de ataque quanto de defesa, por apresentar essa característica o sistema 4.0 mostra-se como mais ofensivo de todos os sistemas de ataque, com uma variedade enorme de opções de jogada. O mesmo se tornou o mais utilizado por todas as equipes de alto nível independente da nacionalidade da mesma. Entretanto por proporcionar esse forte apelo ofensivo, ele demonstra uma fraqueza defensiva. Como todos os jogadores atacam e defendem, as oportunidades de espaços livres dentro da quadra se tornam maiores para ambos os lados, isso acaba exigindo do atleta um condicionamento físico e tático aprimorado. 

O sistema com goleiro linha ou 1.4, segundo Santana (2004), surgiu a partir de modificações na regra do jogo, no ano de 1997. Neste ano, as novas regras passaram a dar mais liberdade de ação para os goleiros, isso acaba por gerar no momento do ataque, uma superioridade numérica facilitando as finalizações a gol. Em muitas equipes esse sistema é utilizado como recurso nas horas adversas do jogo, pois como já foi dito propicia uma vantagem numérica, um maior controle do jogo e um maior número de finalizações. Porem quando acionada a utilização do goleiro em uma jogada de ataque, a mesma deve ir até o fim, pois se a bola for roubada o time ficará em desvantagem defensiva.


Princípios táticos individuais de ataque: Para Balzano (2007), os princípios táticos individuais de ataque são: Fuga do atacante do campo de visão do defensor (finta), entrada do atacante na linha de passe, trabalhar atrás da linha de marcação do adversário, proteção da bola (parede), deslocar-se constantemente, aproximação, tentar o lance individual quando não tiver passe, ultrapassagens por trás e pela frente do companheiro, ênfase nas tabelas, bloqueio, corta – luz e decisão rápida do lance.

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